domingo, 15 de fevereiro de 2015

Refém de uma Carência

Aí você deve estar se perguntando como assim?
A maioria das pessoas tem algum certo tipo de carência, geralmente as que eu mais vejo é a carência de família - atenção, afeto, carinho e um bom convívio no lar - a carência por amigos - a pessoa tem dificuldade em se relacionar com outras pessoas - e a carência por um relacionamento - precisa de um namorado (a) para suprir outras deficiências na vida.

 
Quando a carência por família chega em um estado crítico, se busca preencher essa falta primeiramente com amizades. Mas nem sempre nessa busca encontramos real afinidades, na verdade a única coisa que se precisa nesse momento é um lugar para servir de refúgio. Oque acaba se tornando um algo meio que ruim, porque geralmente a pessoa que oferece a "mão amiga", que "consola", sabe do problema e se aproveita da situação! Você deve se perguntar como? Começa com uma ajudinha aqui e outra ali e logo vira uma obrigação fazer as tarefas de casa do "amigo" ou comprar coisas para geladeira... Tem gente que se aproveita mesmo da carência de algumas pessoas e por mais que o carente tenha noção da situação fica com medo de dar um basta, um adeus, porque senão vai ficar sozinho de novo. E acaba virando um refém da situação.
 
 
Quando se busca preencher o vazio da família com um amor, na esperança de formar uma família e ser feliz, pode não dar tão certo quanto se imagina. Porque a pessoa também terá conhecimento da situação e muitas das vezes acaba se aproveitando. São os relacionamentos nada sadios, com traições, mentiras, brigas bobas e pode chegar ao ponto de ter que se rebaixar a fazer coisas nada agradáveis em uma relação. Mas o medo de terminar e ficar só fala mais alto, porque a companhia que se tem pode não ser a melhor, mas ficar sozinho pode parecer bem pior. Só que a ferida que esta na alma vai ficando mais difícil de sarar.
 
 
 A meu ver, o quem tem levado a vidas infelizes e casamentos fracassados é falta do diálogo. Os pais deveriam conversar mais com os filhos, não com tom de repudia por seus atos, mas para ouvir com interesse os seus problemas. Eu sei que quando se é adulto um problema adolescente é mera "bobeira" mas o adulto um dia foi adolescente e antes de ser pai foi filho. Não é difícil quebrar a corrente da ignorância, basta apenas querer! Talvez assim as famílias seriam mais felizes, e o adolescente de hoje não seria um jovem ou um adulto refém de uma carência.

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